Figuras masculinas falam sobre histórias de términos de relacionamentos homossexuais, construindo depoimentos incompletos de amor, violência e perda, intercalados por filmagens de um carnaval de rua e do caos do tráfego urbano feitas com câmeras portáteis. O trabalho combina procedimentos formais sempre presentes na videografia do artista – como a falta de sincronia entre som e imagem e a interpolação de planos longos e sequências ágeis –, com a fragmentação dos relatos e a alternância dos focos narrativos, procedimento que mais delineia do que propriamente constrói seus personagens. As composições metamórficas, como a da boca que se converte em borboleta, reforçam o apagamento das fronteiras entre fantasia e experiência vivida.