A obra faz parte da série Jardim de Cronópio (2008), na qual a artista utiliza câmeras plásticas, portáteis ou descartáveis. Neste vídeo, a artista coloca em sequência os oito pontos de vista de uma mesma tomada, capturada através de uma câmera Lomo Oktomat de oito lentes. A noção de jardim enquanto natureza ordenada pela inteligência humana é questionada pela pulsação das diferentes fontes de luz de cada um dos registros. Tais elementos transmutam o pitoresco habitual deste tipo de paisagem em inquietação, denunciando a existência de uma instância por trás do olhar que a constrói.