De subtítulo Pra não dizer que não sou ordinário, a obra é constituída de trechos de vídeo capturados no contexto urbano em uma montagem onde sons da cidade se intercalam entre uma trilha de piano. Situações urbanas, impasses, atalhos, ruas sem saída e o interesse pelo ordinário compõem o trabalho. Por meio de cenas com as quais nos deparamos cotidianamente nas cidades, os paradoxos e aporias da vida urbana que subjazem sufocados e invisíveis são tangenciados por meio do agenciamento das imagens no vídeo. Desvios, derivas, contornos evidencia as dificuldades de relações e convívio que a cidade nos impõe, além de propor um exercício de construção de sentido a partir do que há de indizível no convívio social e de articulação de possíveis respostas às situações sociais conturbadas.