O artista, participante da mostra Panoramas do Sul de 2013, fala de sua obra como um projeto de compartilhar uma história pessoal e, por outro lado, olhar para seu passado desde a infância. Afirma tentar responder a seguinte questão: como olhar para si mesmo a partir de imagens produzidas coletivamente. Daí o duplo objetivo de seu trabalho: Olhar para seu passado e, simultaneamente, revelar de que forma esse olhar se dá. O tom confessional convive com uma dimensão reflexiva, proporcionado por imagens de mídia de massa. São imagens deslocadas, que correspondem ao deslocamento sentido pelo artista em diversas situações de sua vida. Relata como a tentativa de se reaproximar do imaginário de sua infância e juventude dava-lhe a sensação de se sentir cada vez mais distante dele. Fala ainda de como o poder político é criado a partir da memória na Turquia, a partir das versões da história colocadas em disputa.