O artista malaio, que recebeu menção honrosa pela sua videoinstalação Motherland, fala sobre os fenômenos da diáspora e da imigração, principais temas de sua obra. Segundo ele, a principal motivação daqueles que se deslocam pelo mundo é, ainda, a busca por uma vida melhor, ainda que se assista a movimentações por outras razões não ligadas à sobrevivência, como os encontros amorosos, promovidos pela abundância de transportes que encontramos hoje. O artista discorre sobre as consequências dessa busca por segurança, que recaem principalmente nas questões de identidade, dando como exemplo a si próprio, malaio de etnia chinesa, apontado como tal em seu país, mas que sequer fala a língua de seus antepassados. Essa situação, que o artista revela ser comum no sudeste asiático, é abordada em seu trabalho, que cria narrativas ficcionais a partir de histórias reais de imigrantes residentes em Singapura. Fala ainda de seu apreço pelo Brasil, e da vivência na cidade de São Paulo, onde é muitas vezes tomado por brasileiro dada à sua aparência oriental.