Em depoimento concedido durante o 18º Festival, o artista gaúcho fala sobre algumas questões centrais de seu trabalho, exibido na mostra competitiva Panoramas do Sul de 2013. Segundo ele, as três séries fazem parte do projeto que desenvolve desde 2008, Fluxorama, no qual explora questões relativas ao cruzamento entre natureza, cultura e ciência. Sua poética, afirma, é construída a partir do não-entendimento do artista das imagens encontradas em antigos livros de ciência. Estes, por seu turno, muitas vezes apresentam dados já defasados de pesquisas científicas. Zózimo entende o trabalho do artista como ficção. Desse ponto de vista, seu papel é o de urdir narrativas que amarrem imagens díspares, combinação que anuncia uma espécie de conhecimento por vir, índice de um futuro possível. Fala ainda sobre sua formação, mais calcada numa cultura visual do que num repertório propriamente de artes visuais, e de outras referências que encontra na literatura e no cinema.