THIERRY OUSSOU (Benim, 1988) costuma referir-se à sua prática como arqueologia social, explorando a relação entre arte contemporânea e objetos etnográficos. Por meio de pinturas e instalações de desenho, enquadra questões em torno da autenticidade e visibilidade em relação ao patrimônio e à arqueologia. Em 2011, fundou o estúdio de arte Yè e oferece oficinas de arte e cultura visual em instituições do Benin. Participou de residências na Fundação Arthouse, Lagos (2017) e Rijksakademie, Amsterdã (2015–2016). Em 2016, recebeu a primeira bolsa Jacqueline van Tongeren na Rijksakademie V. B. K. e foi nomeado para o Prêmio Real Holandês de Pintura Moderna. Exposições recentes incluem Tiwani Contemporary (2018); 10ª Bienal de Berlim (2018); Museu Cobra de Arte Moderna, Amstelveen (2018); e Garage Rotterdam (2018), entre outras.

A videoinstalação WHAT IS LEFT OF THE SUGAR CUBES? (2019), obra comissionada pela 21ª Bienal, foi realizada a partir de uma estadia de Thierry Oussou no Brasil. Ao longo dos meses de pesquisa, o artista reuniu depoimentos de diversos profissionais ligados ao Museu Memorial Cemitério dos Pretos Novos e ao Museu Nacional, no Rio de Janeiro. Propondo uma reflexão em torno da memória e dos afetos que circundam preservação e difusão, o vídeo toma o açúcar como metáfora da história, levando em conta o caráter do patrimônio perdido e mantido pelas duas instituições, e buscando compreender apagamentos e permanências do passado no presente.