Curadoria convidada |

A mostra da Alemanha foi composta por Time Code, curadoria de Carl-Ludwig Rettinger, e Van Gogh TV, curadoria de Benjamin Heidersberger.

O projeto Time Code foi criado em 1985 por um grupo de programadores de televisão, curadores de museus e produtores independentes de sete países: Channel 4 (Grã-Bretanha), Cat Fund (Estados Unidos), Agent Orange (Canadá), I.N.A. (França), TVE (Espanha), ZDF (Alemanha Ocidental), NOS e Stedelijk Museum (Holanda). Cada membro encomendou um trabalho a um artista do vídeo de seu país e, em troca, recebeu o programa completo.

A principal ideia que sustentou o projeto foi usar a televisão como um meio criativo e favorecer o desenvolvimento de um sistema de coprodução e intercâmbio internacional, onde a identidade cultural de cada parte fosse respeitada.

Artistas

Obras

Texto de curadoria Carl-Ludwig Rettinger, 1990

Time Code

Time Code I

A principal idéia que sustenta este projeto é usar a televisão como um meio criativo e favorecer o desenvolvimento de um sistema de co-produção e intercâmbio internacional, onde a identidade cultural de cada parte seja respeitada. O Time Code foi criado em 1985 por um grupo de programadores de televisão, curadores do museus e produtores independentes de sete países. Channel 4 (Grã-Bretanha), Cat Fund (Estados Unidos), Agent Orange (Canadá), I.N.A. (França), TVE (Espanha), ZDF (Alemanha Ocidental), NOS e Stedelijk Museum (Holanda). Cada membro encomendou um trabalho a um artista do vídeo de seu país e, em troca, recebeu o programa completo.

Com duração de 52 minutos, a primeira edição do Time Code apresenta sete produções de videomakers internacionais: Robert Cahen, Gusztav Ramos, Brenda Miller, Xavier Vilaverde, Jaap Drupsteen, Benard Hébert, Anne Wilson e Marty St. James. O programa, que foi transmitido em 1987 pelos sete países e que foi apresentado no mundo inteiro em vários museus e festivais, recebeu o prêmio especial no Festival de Video e Cinema de Montreal.

Time Code II

Essa primeira experiência foi forte e encorajadora, assim, lançamos uma segunda edição do Time Code, com a participação de mais países: ORP, da Áustria, MTV, da Bélgica, TV Belgrade, da Iuguslávia, Orama Films, da Grécia, KTCR, dos Estados Unidos, RTBF, da Bélgica, Karemo Production, de Moçambique, M.R.TV Costa Rica e novamente TV Channel 4, I.N.A. e ZDF. Sob o título "Music Transfer", os video-artistas desses países deveriam criar imagens e partir de músicas tradicionais de seus países. A seleção musical desse programa com uma hora de duração, vai desde o calipso da Costa Rica até o folk-rock belga, passando por derviches iuguslavos, gaitas de fole bretãs e schuhplatter bavários, e mesmo o gospel e o rap norte-americanos. O programa não apresenta videoclips comerciais, mas doze vídeoclips culturais "(Bazon Brock), onde a música popular e tradicional é vista através do olhar de artistas contemporâneos.

Time Code III

A televisão hoje é um produto de uma indústria multinacional de entretenimento, controlada por uma série de empresas americanas, europeias e japonesas, cujos produtos padronizados inundam até mesmo os cantos mais remotos do planeta. As culturas de todas as regiões e populações diferentes são cada vez mais afetadas, para não dizer, destruídas por esse fluxo unilateral de imagens e informações.

A equipe do Time Code preferiu usar a televisão como um meio de comunicação visual e de intercâmbio cultural, respeitando a identidade de cada membro. O modelo de co-produção do Time Code permite que os países menores participem com suas próprias produções em pé de igualdade, independente de seus recursos limitados. Além das vantagens econômicas apresentadas pelo Time Code para co-produtores, um dos maiores desafios tem sido criar uma rede internacional onde programadores, curadores e produtores de programas culturais possam se comunicar e competir num cenário de crescente comercialização.

Todo programador ou produtor que estiver interessado, está convidada a participar com suas propostas.

8th Fotoptica Internacional Video Festival. 09 a 15 de Novembro de 1990. p. 15.