Reunindo vozes sensíveis aos impasses da contemporaneidade, vindas de campos, frentes de ação e vivências diversos, os Seminários exploram temas como a invenção de uma nova imaginação politica, as particularidades do tempo que surge depois do advento da vida virtual, os feminismos atuais desde uma perspectiva descolonial e as reverberações da produção simbólica dos povos indígenas e movimentos sociais.

Eixo central dos Programas Públicos da 21ª Bienal, seus encontros têm como ambição gerar oportunidades para produzir formas inauditas de pensar o porvir, em tomo e para além das obras reunidas no espaço expositivo, e com margem para a discussão e o dissenso.

Os Seminários acontecem no Teatro (1º subsolo) e no Auditório (6º andar), em duas etapas, com três tardes consecutivas cada uma, a primeira entre os dias 15 e 17 de outubro e a segunda de 12 a 15 de novembro. Todas as sessões contarão com tradução simultânea em Libras, para garantir acesso amplo às falas e aos debates.

As falas preparadas pelos convidados dos Seminários foram editadas na publicação Leituras, que compõe, com o catálogo de obras e artistas, a plataforma editorial da 21ª Bienal.

JOÃO SILVÉRIO TREVISAN — Escritor e ativista, fundou o primeiro grupo de identidade homossexual (Somos) e o primeiro jornal voltado à comunidade gay do país, Lampião da Esquina, nos anos 1970. Seu estudo Devassos no paraíso (A homossexualidade no Brasil, da colônia à atualidade) foi republicado em 2018. Lançou, em 2017, sua primeira obra autobiográfica, Pai, pai (Alfaguara). 

PAULO MENDEL — Cineasta, pesquisa as interfaces entre arte e vídeo, e videoarte e documentá- rio. Seus trabalhos foram vistos em mostras como a Quadrienal de Praga e integram as coleções do Circuito Videodanza Mercosur e do Centre de vidéo-danse de Bourgogne.

VITOR GRUNVALD — Artista visual, cineasta e professor. Pesquisa a apropriação de metodologias e práticas artísticas no fazer antropológico. Integra o Grupo de Antropologia Visual e o Núcleo de Antropologia, Performance e Drama do Laboratório de Imagem e Som em Antropologia da USP.

ELVIS STRONGER — Ativista por direitos humanos, integra o coletivo família Stronger e o Conselho Municipal LGBT de São Paulo. Relacionados a questões LGBTQI+ e ao empoderamento de jovens negros periféricos, seus projetos incluem a Parada LGBT de Cidade Tiradentes e o Cinedivercidade no Centro Cultural do Grajaú, São Paulo (2013).

GABRIEL BOGOSSIAN — Curador independente, editor e tradutor, desenvolve pesquisa sobre a representação dos povos indígenas no Brasil. Realizou exposições como Nada levarei quando morrer, aqueles que me devem cobrarei no inferno (Galpão VB, 2017) e Akram Zaatari – Amanhã vai ficar tudo bem (Galpão VB, 2016), todas em São Paulo. É curador-adjunto da Associação Cultural Videobrasil.

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