Associação Cultural Videobrasil

Um novo entusiasmo

Há cinco anos, o Festival Fotoptica é a passarela de novos talentos, uma vitrina da produção independente de vídeo do país. Agora, em seu sexto ano, é considerado o mais importante evento na área de vídeio, gerando polêmicas, discussões e a participação oportuna de fabricantes e importadores de equipamentos nos festivais.

Graças ao Festival Fotoptica Videobrasil, notamos, ao percorrer mostras, salas de vídeo e cinemas, um renovado interesse por material "não-longo", como clips, curta-metragens e documentários. Em vez de um público minguado, desestimulado, apático, encontramos casas lotadas, gente interessada, questionando, aplaudindo, vibrando.

Com muita satisfação, detectamos a volta ao espírito crítico, numa tentativa de informação concentrada, uma certeza de se apresentar pontos-de-vista distintos, em alguns minutos. Existe no ar um clima de renovação e, porque não, de irreverência. Será este um índice de um estado de espírito geral? Será uma nova esperança? Quem sabe seja uma otimista constestação "pra cima", mudança de astral. Tomara!

Apoiar e divulgar a Cultura em nosso Estado tem sido, além de uma enorme manifestação e motivo de orgulho, uma das principais metas da Secretaria de Estado da Cultura. Dentro dessa proposta, o Festival Fotoptica Videobrasil é um trabalho que exemplifica bem nossa postura de incentivo à produção cultural e viabilização da criação, de ideias, de projetos e eventos. O Videobrasil, com seus trabalhos de pesquisas formais de alta qualidade técnica, constitui um retrato da realidade de nossos recursos e de nossa sociedade. É também, e principalmente, a busca da consolidação do papel, inclusive social, do vídeo como uma ferramenta que deve ser acessível a todas as camadas da população. Por isso, o empenho da Secretaria de Estado da Cultura em apoiá-lo, paralelamente a outros projetos e atividades desenvolvidas, como o Prêmio Estímulo, anualmente concedido a produtores independentes. Em um outro aspecto, existe a parceria com a Fotoptica, marcando a sempre produtiva ligação entre o Estado e a Sociedade. Tanto os criadores de vídeo, quanto a Fotoptica são, para a Secretaria de Estado da Cultura, a síntese do que defendemos: juntos, Estado e Sociedade, contribuindo pra valer na Cultura.

Tenho atuado em uma emissora, a TV Gazeta, que sempre tem espaço para os jovens de talento. Nossa filosofia é dar, também, oportunidade aos jovens produtores, inclusive os que se destacam através do Festival Fotoptica Videobrasil e de outros festivais, permitindo que ingressem no mercado televisivo.

É importante dizer que além de Marcelo Machado, Fernando Meirelles (que esteve conosco na fase de planejamento e implantação da TV Mix), Tadeu Jungle, Walter Silveria, Oswaldo Oliva, Ney Marcondes, Davilson Brasileiro, outros jovens profissionais estão trabalhando e produzindo para a Gazeta. Dessa forma, pretendemos revelar e expor tantos novos profissionais quanto o mercado possa absorver.

Embora nossos projetos parecessem fantasiosos e sonhadores na fase de projeto, vemos agora que os resultados são consistentes: abrimos espaço para novos apresentadores como Astrid Fontenelle, Luis Alexandre Machado, Sérgio Groissman e Paula Dip, que identificam nosso projeto com a imagem nova e cativante. Resultado do alto investimento que fizemos na inovação da linguagem.

Depois de quase ano e meio de trabalho, todos agradecemos ao poeta e "visionário" Jorge da Cunha Lima, não por acaso um dos criadores do Videobrasil.