O vídeo registra dois momentos de uma ação performática realizada no Brasil e na Inglaterra. Magno inspira-se na indígena Ci, Mãe do Mato, personagem do romance Macunaíma, de Mário de Andrade, oriunda de tribo composta apenas por mulheres que, ao se apaixonar por outro índio, tece com o próprio cabelo uma rede para o protagonista para que ele nunca a esqueça. Na performance, o longo cabelo da artista é trançado e costurado a um dos punhos de uma rede, que é estendida pela artista e a sustenta em uma de suas extremidades. A obra propõe uma reflexão sobre corpo e temporalidade, evocando tanto a ancestralidade própria do imaginário mítico como a preguiça associada ao protagonista e ao uso da rede, aqui fundida ao corpo de Magno. A obra foi realizada em 2016 como resultado do prêmio de residência do 19º Festival na Delfina Foundation em Londres, Inglaterra.