Fria e esvaziada, a cidade de São Paulo vira campo de futebol, que vira várzea, que se torna palco onde se enseja um jogo. Aliando vídeo e dança, o trabalho mobiliza o espetáculo midiático peculiar a esse esporte, desvelando uma ordem social injusta e excludente. A narração futebolística é parodiada, oscilando entre a descrição que lhe é típica e a denúncia. Os bailarinos, por sua vez, explicitam os clichês gestuais dos atletas durante transmissões televisivas, desconstruindo o heroísmo geralmente a eles atribuído.