O artista fala de seus primeiros contatos, já na infância, com o cinema, no interior do estado da Paraíba. Segundo ele, seu trabalho como videoartista é como uma continuação de seu trabalho pictórico, como pintor e gravador. Discorre ainda sobre a facilidade de produção e difusão do vídeo, uma vez que não há necessidade de intermediação, através da internet e das redes sociais, além das facilidades de armazenamento e criação de acervos de forma autônoma. Afirma que “o artista treina o olhar usando os pés”. É se deslocando que sua visão é capaz de captar na realidade aquilo que pode vir a ser significativo em uma obra. Fala ainda de sua obra Espécimens II, exibida na 18a edição da exposição. Nascida da observação de moradores de rua e de assentamentos urbanos em João Pessoa, também foi desenvolvida em São Paulo, durante sua participação no 17º Festival. Na ocasião, fotografou um grupo de pessoas nas calçadas próximas ao hotel onde estava hospedado.