Integrante da mostra competitiva do 18º Festival, o artista fala sobre sua obra The World. Conta como se interessou por guias de viagem, o que ocorreu a partir de sua vivência como bolsista em Belo Horizonte. Com pouca familiaridade com a cidade, tomou contato com os guias oferecidos aos visitantes. Ao seguir as instruções desses manuais, a estadia resultou primeiramente em enorme frustração. No entanto, posteriormente, converteu-se em surpresa à medida que estabelecia relações corpo a corpo com aquele meio urbano. A partir dessas experiências, passou a trabalhar com estilete sobre os guias de turismo, remontando-os como num plano urbanístico. Escobar também compartilha suas reflexões sobre o trânsito que estabelecemos com o chamado “mundo global” – um horizonte aberto só na aparência, porém permeado por protocolos que prescrevem caminhos, reduzindo as chances de um autêntico “conhecimento do mundo” que esses deslocamentos poderiam provocar.