Danillo Barata é um só e vários. Realizador de vídeo, professor, documentarista, fotógrafo, performer, pesquisador, diretor de curtas e videoclipes, observa o outro e a si mesmo, o mundo e as relações que aproximam e distanciam os homens para construir suas poéticas.

O marco zero das investigações do artista é a materialidade humana nos espaços que ocupa, sua presença física, corpórea, e os lastros de história, memória, cultura e convenções sociais armazenados em carne e osso.

O corpo fala de e por si, e torna visíveis – em aparições ao vivo, em vídeo, como um decalque em movimento – as vicissitudes de uma sociedade que o tem por deus e escravo, máquina de perfeição e massa modelável.

Em torno da construção social do corpo, o artista cria obras como a instalação O corpo como inscrição de acontecimentos (2003), em que lida com as configurações assumidas pelo “corpo histórico” na contemporaneidade, tema também de seu mestrado em artes. Em Soco na imagem (2007), premiado no 16º Festival Internacional de Arte Eletrônica SESC_Videobrasil (2007), volta a explorar o próprio corpo como fonte de reflexão e matéria-prima, a exemplo do que já fizera em Narciso, sua primeira experiência formal com o vídeo (2000).

O jugo dos padrões corporais que buscam validação em imagens efêmeras e a consequente obsolescência do corpo são temas que emergem da obra do artista, como observa, no Ensaio, o professor da UFBA Edvaldo Couto, mestre em filosofia e orientador da tese de mestrado de Barata.

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