Caravana Farkas
com Solange O. Farkas e Gabriel Bogossian
29 de abril, às 17h
grátis


Entre 1964 e 1980, o fotógrafo e empresário Thomas Farkas produziu, em parceria com diferentes diretores brasileiros, um conjunto de mais de trinta documentários que ficou posteriormente conhecido como Caravana Farkas. Nessas obras, há tanto uma busca por revelar aspectos desconhecidos do presente quanto o desejo de registrar e documentar práticas culturais que estariam ameaçadas pelas transformações nos modos de vida de comunidades tradicionais no interior do país. No dia 29.04, um recorte dessa produção será apresentado pelos curadores Solange O. Farkas e Gabriel Bogossian, seguido de debate com o público.

Gabriel Bogossian

Editor, gestor e curador, Gabriel Bogossian é curador assistente do Galpão VB. Foi curador das exposições Resistir, reexistir (Galpão VB, São Paulo, 2017); Território, Povoação (Blau Projects, São Paulo, 2016), com Juliana Gontijo; e Cruzeiro do Sul (Paço das Artes, São Paulo, 2015), entre outras. Colaborou como editor e tradutor com as editoras Rocco, Hedra e Editora Universitária da UFPE.

Solange O. Farkas

É curadora e diretora da Associação Cultural Videobrasil. Em 1983, criou o Festival de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil, evento de que é também curadora-geral e que se tornou referência para a produção artística do Sul Global. Foi responsável por trazer ao Brasil exposições como as de Sophie Calle (Cuide de Você, 2009), Joseph Beuys (A Revolução Somos Nós, 2010) e Isaac Julian (Geopoéticas, 2012), do qual também foi curadora. Ao lado de Gabriel Bogossian, foi curador da exposição de Akram Zaatari (Amanhã vai ficar bem, 2016). Como curadora convidada, participou da 10ª Bienal de Charjah (Emirados Árabes Unidos, 2011), da 16ª Bienal de Cerveira (Portugal, 2011), da 5th Videozone: International Video Art Biennial (Israel, 2010) e do 6th Jakarta International Video Festival (Indonésia, 2013), entre outros.

Entre os destaques de seus 25 anos de carreira como curadora estão exposições como a mostra Contemporary Southern Hemisphere Videoart, participante do 9º Ayoul Festival (Beirute, Líbano, 1999); a Mostra Pan-Africana de Arte Contemporânea (Salvador, Brasil, 2005); La Mirada Discreta: Marcel Odenbach & Robert Cahen (Buenos Aires, Argentina, 2006); Suspensão e Fluidez (ARCO, Madri, 2007); e a Mostra Africana de Arte Contemporânea (São Paulo, Brasil, 2000), em parceria com Clive Kellner.

Em 2015, Solange O. Farkas foi convidada a integrar o comitê de conteúdo do UN Live Museum, o Museu pela Humanidade da Organização das Nações Unidas (ONU).


ativação de Emboaçava (lugar de passagem), de Rodrigo Bueno
com Rodrigo Bueno e Gabriel Bogossian
20 de maio, às 15h
grátis


Única obra desenvolvida especialmente para Nada levarei quando morrer, aqueles que me devem cobrarei no inferno, o site specific Emboaçava (lugar de passagem), de Rodrigo Bueno, evoca o rico passado da região da Vila Leopoldina, onde está localizado o Galpão VB. Nessa ativação, o artista e o curador Gabriel Bogossian irão realizar uma visita guiada que começa em um trajeto pela exposição, explorando as relações entre as obras, e parte depois para um passeio a pé por lugares-chave da história do bairro, retornando ao Galpão para o encerramento da visita.

Rodrigo Bueno

Trabalhando em instalações e objetos a partir de materiais como ferro, madeira e outros elementos orgânicos, Bueno reflete sobre a memória urbana através dos resíduos da cidade. Sua prática inclui a realização de oficinas e atividades colaborativas, além da coordenação do Ateliê Mata Adentro. Realizou as exposições individuais A Ferro e Fogo, na Galeria Marília Razuk, em São Paulo (2016); e o projeto solo na ArtBo, em Bogotá (2016); também participou das coletivas Transparência e Reflexo, no Museu Brasileiro da Escultura, São Paulo (2016), Cruzeiro do Sul, no Paço das Artes, São Paulo (2015), entre outras. Vive e trabalha em São Paulo.


Conversa com Paulo Tavares
com Paulo Tavares e Gabriel Bogossian
10 de junho, às 15h
grátis


Doutor pelo Goldsmith College e colaborador do Forensics Architecture, o arquiteto e pesquisador brasileiro Paulo Tavares vem desenvolvendo nos últimos anos uma investigação que aproxima arqueologia, urbanismo e antropologia para refletir sobre as articulações possíveis entre patrimônio cultural e direitos de povos e comunidades tradicionais. Tavares irá relatar suas recentes experiências com povos originários e comunidades tradicionais no Equador e no Brasil em uma conversa com o público mediada pelo curador Gabriel Bogossian.

Paulo Tavares

Arquiteto e urbanista. Seus projetos, textos e apresentações foram publicados e exibidos em diferentes contextos, mais recentemente na Bienal de Design de Istanbul (2016) e na Bienal de Sharjah (2017). Atualmente é professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília, e antes lecionou no Centro de Pesquisa em Arquitetura – Goldsmiths, na Universidade de Cornell, e na Pontifícia Universidade Católica do Equador. Em 2017, Tavares criou a agência Autonoma, uma plataforma dedicada a explorar novas formas de pensar e produzir o território.


Conversa com Claudia Andujar
com Claudia Andujar e Gabriel Bogossian
29 de julho, às 15h
grátis


Desde o início de sua carreira, Claudia Andujar se interessou por temas e grupos à margem da cultura dominante — de internos de um hospital psiquiátrico a homens homossexuais vivendo em São Paulo e no Rio de Janeiro —, registrando a potência vital dos personagens fotografados. Sua atividade como fotojornalista leva-a primeiramente aos Carajás e, em 1971, ao povo Yanomami, com o qual a fotógrafa desenvolveu uma longa relação de trabalho, ativismo e afeto. No encerramento da exposição Nada levarei quando morrer, aqueles que me devem cobrarei no inferno, Andujar conversará com o público e com o curador Gabriel Bogossian sobre sua relação com os Yanomami, mas também sobre sua carreira como fotojornalista e outras facetas menos conhecidas de sua obra.

Claudia Andujar

Reconhecida internacionalmente, a produção da fotógrafa integra o acervo dos principais museus do mundo, como o MoMA, em Nova York; a Maison Européene de la Photographie, em Paris; e o Instituto Inhotim, em Brumadinho, Brasil. Publicou os volumes Marcados (2009), A vulnerabilidade do ser (2005), e Yanomami (1998), entre outros. Vive e trabalha em São Paulo.