O workshop ministrado por John Wyver – escritor, produtor e fundador da produtora independente inglesa Illuminations – buscou explorar o potencial e os problemas do intercâmbio entre a videoarte e a televisão.

A oficina foi ilustrada por exemplos tirados da série Ghosts in the Machine, do Channel 4, e programas de televisão dos Estados Unidos e da Europa que lidam com videoarte. Além disso, debateu-se sobre alguns vídeos brasileiros da época.

Coordenação |

Depoimento John Wyver, 1989

A wokrshop about television and videoart

Até recentemente, a televisão ignorava o trabalho experimental dos artistas de vídeo. E a maior parte dos artistas de videoarte era, em contrapartida, também hostil ao pensamento conservador daquela mídia. Mas os artistas estão, atualmente, reconhecendo as possibilidades de trabalhar com o público, como as formas, a linguagem, os orçamentos e até com a quase sempre elaborada tecnologia da TV. E as emissoras também estão, vagarosamente, reconhecendo que a tradição da videoarte está desenvolvendo várias idéias excitantes que podem ser aproveitadas em anúncios pop, propagandas e seqüências gráficas. Na Europa e na América do Norte, os canais de TV estão comprando e mostrando a videoarte e, em certas ocasiões, até mesmo comissionando novos trabalhos. E este intercâmbio das duas linhas está tornando possível algumas das mais surpreendentes, cativantes e desafiantes imagens do mundo atual. Esta oficina em duas partes explorará o potencial e os problemas destes intercâmbios entre a videoarte e a televisão. A oficina será ilustrada por exemplos tirados da série 'Ghosts in the Machine', do 'Channel 4', e também por programas de televisão dos Estados Unidos e da Europa que lidam com este tipo de videoarte. A terceira parte incluirá debates sobre alguns videotapes brasileiros recentes.