Reunindo vozes sensíveis aos impasses da contemporaneidade, vindas de campos, frentes de ação e vivências diversos, os Seminários exploram temas como a invenção de uma nova imaginação politica, as particularidades do tempo que surge depois do advento da vida virtual, os feminismos atuais desde uma perspectiva descolonial e as reverberações da produção simbólica dos povos indígenas e movimentos sociais.

Eixo central dos Programas Públicos da 21ª Bienal, seus encontros têm como ambição gerar oportunidades para produzir formas inauditas de pensar o porvir, em tomo e para além das obras reunidas no espaço expositivo, e com margem para a discussão e o dissenso.

Os Seminários acontecem no Teatro (1º subsolo) e no Auditório (6º andar), em duas etapas, com três tardes consecutivas cada uma, a primeira entre os dias 15 e 17 de outubro e a segunda de 12 a 15 de novembro. Todas as sessões contarão com tradução simultânea em Libras, para garantir acesso amplo às falas e aos debates.

As falas preparadas pelos convidados dos Seminários foram editadas na publicação Leituras, que compõe, com o catálogo de obras e artistas, a plataforma editorial da 21ª Bienal.

MARIA RITA KEHL — Psicanalista, jornalista e escritora. Colaboradora de veículos de oposição durante a ditadura, pesquisou violações dos direitos de camponeses e populações indígenas no período na Comissão Nacional da Verdade (2012-14). Autora de livros como Bovarismo brasileiro (Boitempo, 2018), atende em clínicas abertas em São Paulo.

ROSANA PAULINO — Artista visual, pesquisadora e educadora. Investiga questões sociais, étnicas e de gênero, com foco principal na posição da mulher negra na sociedade brasileira. Sua obra é objeto da retrospectiva A costura da memória (Pinacoteca de São Paulo, 2018). Criou uma das obras comissionadas pela 21a Bienal de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil.

LUISA DUARTE — Crítica de arte, curadora e professora. Integrou o conselho consultivo do MAM São Paulo (2009-2012). Organizou, com Adriano Pedrosa, ABC – Arte brasileira contemporânea (Cosac Naify, 2014). Suas curadorias incluem Quarta-feira de cinzas (Escola de Artes Visuais do Parque Lage, 2015) e Tunga – O rigor da distração (MAR, 2018), ambas no Rio de Janeiro.

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