A artista discorre sobre a noção de exotismo presente em sua obra Journey to a Land Otherwise Known, premiada no 18º Festival. Gravado em um viveiro tropical na cidade francesa de Lille, o vídeo, segundo a artista, coloca o espectador entre dois polos: o do questionamento político e o da experiência sensorial e fictícia. Fortemente ligados ao passado colonial europeu, esses espaços são matéria prima para que a artista fale das diferentes formas de representação da alteridade, ou do que é considerado estrangeiro. Também dizem respeito ao seu percurso individual, como colombiana radicada há 12 anos na França. Conta que ali vê ressurgir com frequência os mesmos lugares comuns presentes nos antigos textos dos primeiros exploradores ocidentais nas Américas, o que revela a pertinência de sua interrogação sobre as maneiras correntes de relação com o outro nos dias atuais.