O artista partilha um pouco das experiências a partir das quais criou a fotografia exposta no 18º Festival. Fala das viagens realizadas entre 2009 e 2012 para os Estados Unidos, quando participou do Beltane, cerimônia pagã de fertilidade, celebrada entre a primavera e o verão. Durante o ritual, Mohallem afirma ter descoberto o outro como um ser complexo e desejante, alterando então percepções relativas ao nosso senso comum, que identifica a liberdade de um indivíduo com a delimitação bem definida de um espaço do Eu. Ao contrário, na espiritualidade pleiteada pelo fotógrafo, a liberdade de um sujeito existe apenas na medida em que este a atribui igualmente a outros sujeitos. Conta como foi recuperar a vivência do rito sem registrá-lo diretamente. Fala também das ligações entre esse trabalho e séries posteriores, quando explorou suas origens familiares no Líbano.