MEGAN-LEIGH HEILIG (África do Sul, 1993) é artista visual e mestra em artes visuais (MFA) pela Universidade da Cidade do Cabo. Seu trabalho utiliza múltiplas linguagens para abordar questões sociopolíticas a partir de sonhos, lembranças e histórias pessoais. Participou da Bienal de Kampala (2016), e de festivais de cinema e vídeo em países como Camarões, Espanha, Inglaterra e Japão.

No vídeo THE POLITICS OF CHOICE AND THE POSSIBILITY OF LEAVING (2018), assistimos a uma conversa íntima, ao pé do ouvido, entre um casal de namoradas. Quando não estão recolhidas no quarto, elas se aventuram por estradas para descobrir paisagens. Nesse momento, no entanto, outro tipo de viagem está para acontecer. A artista documentou, na obra, os dias que precederam sua viagem da África do Sul à Bélgica, onde iria viver. Sua namorada, por outro lado, depois de anos vivendo na África do Sul, teria de voltar a seu país de origem, a Namíbia, onde a homossexualidade é criminalizada. A complexidade das fronteiras, dos percursos e das identidades é o fio condutor dessa espécie de diário lírico de uma partida.