• María Elena Ortiz, Holly Bynoe, Annalee Davis, N'Goné Fall
Foto: Tiago Lima

    María Elena Ortiz, Holly Bynoe, Annalee Davis, N'Goné Fall
    Foto: Tiago Lima

  • Solange Farkas
Foto: Tiago Lima

    Solange Farkas
    Foto: Tiago Lima

  • María Elena Ortiz, N'Goné Fall, Annalee Davis, Holly Bynoe
Foto: Tiago Lima

    María Elena Ortiz, N'Goné Fall, Annalee Davis, Holly Bynoe
    Foto: Tiago Lima

  • Solange Farkas, María Elena Ortiz, N'Goné Fall, Annalee Davis, Holly Bynoe
Foto: Tiago Lima

    Solange Farkas, María Elena Ortiz, N'Goné Fall, Annalee Davis, Holly Bynoe
    Foto: Tiago Lima

Tilting Axis 1.5

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postado em 08/10/2015
Curadoras debatem integração do Caribe no cenário artístico global em encontro promovido pelo 19º Festival de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil

Parte dos Programas Públicos, a série de Encontros e Conversas do 19º Festival de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil, recebeu na manhã de 8 de outubro (quinta-feira), a artista e codiretora da plataforma de arte contemporânea Fresh Milk, Annalee Davis (Barbados), a editora da revista ARC e curadora-chefe da National Art Gallery, nas Bahamas, Holly Bynoe, e a curadora-assistente do Pérez Art Museum de Miami, María Elena Ortiz (Porto Rico), para debate sobre a Tilting Axis, que teve mediação da curadora e crítica N’Goné Fall (Senegal).

Recém-fundada em Barbados por Annalee Davis e Holly Bynoe, Tilting Axis é  uma plataforma de discussão que tem como objetivo promover maior proximidade e articulação entre profissionais que trabalham em iniciativas e instituições geridas por artistas na região caribenha, além de construir e redefinir relações históricas com o Norte e estabelecer diálogo com redes fortes que emergem no Sul global. Entre os parceiros, estão o Pérez Art Museum e a rede articuladora de residências artísticas internacionais Res Artis.

Annalee Davis, primeira a falar, citou a obra Mapa Invertido (1943), de Joaquín Torres-Garcia, e o fortalecimento da Bienal de Cuba como símbolos de afirmação do Sul Global e de seu posicionamento diante dos países do Norte. Com a Tilting Axis, ela declara, “pretendemos desenvolver um plano de ação e uma colaboração contínua para tirar o Caribe de uma posição periférica, inserindo-o em conversações mais amplas sobre arte”.

Holly Bynoe discorreu sobre os objetivos da plataforma: “O compromisso com a transferência de conhecimento institucional e com o desenvolvimento de exposições e oportunidades nos âmbitos regional e global, firmado pelas organizações envolvidas, é um objetivo que esperamos reforçar através da sustentabilidade e do crescimento orgânico da Tilting Axis”.

María Elena Ortiz, contou que “um departamento do museu já pesquisava a região quando fizemos nossa conexão, em 2013, com a Tilting Axis”. Para ela, os históricos coloniais da região, que a tornam tão diversa, refletem-se na dificuldade de identificar os artistas do Caribe: “muitos se definem como afro-americanos ou britânicos, por exemplo”. O próximo encontro da Tilting Axis será sediado pelo Pérez Art Museum em Miami, estratégia considerada essencial à integração e ao intercâmbio dos EUA com a arte feita no Caribe.

Curadora-geral do Festival, Solange Farkas elogiou a iniciativa da plataforma móvel como uma maneira de “encurtar as distâncias entre as ilhas e construir uma rede colaborativa nesses países.”