O vídeo passa por diferentes registros visuais e narrativos, que nos convidam a pensar em uma história crítica do colecionismo e de sua relação com o mundo mapuche. A peculiaridade das fontes – navega- dor de internet, sites de museus e lojas on-line, anúncios antigos de suvenires, jornais, verbetes de dicionários do começo do século 20 – usadas para abordar as peças mapuche selecionadas (kollong, ketru metawe, tupu, pifüllka, trarüwe) cria um diálogo que pode ser extrapolado para outras realidades semelhantes onde há colecionismo, e para a relação desse fenômeno com os povos que ele afeta. Esse movimento começa quando o artista subverte o registro fotográfico do museu: as peças são impregnadas de um azul que mantém e sublinha sua forma, mas a expande para campos de significado diversos.