A videoperformance é um marco no início da carreira do artista bahiano, Marcondes Dourado, então com apenas 22 anos. Bardo foi apresentada no Teatro do Sesc Pompeia em 1996, durante a 11a edição do Festival, e mistura as linguagens de dança, vídeo e teatro. Inspirada nos textos de Antonin Artaud, a performance fala de solidão e experiências com eletrochoque vividas pelo dramaturgo durante os 20 anos em que esteve em clínicas psiquiátricas. Durante a performance, uma bailarina se banha nas águas contidas em bacias dispostas no palco; nas bacias, também há cabelo, aludindo a uma metáfora em que a bailarina busca recuperar aquele fragmento de corpo perdido.