O curador, artista, crítico, e professor argentino relembra as polêmicas e debates que animavam a produção videográfica da década de 80, nos primeiros anos do Festival. Fala da rivalidade entre videoarte (que reivindicava radicalidade) e os outros gêneros de vídeo, alimentada em meio à transição para democracia. Comenta o desenvolvimento conceitual do evento, desde seu escopo da produção do hemisfério sul até os dias atuais, onde predominam as ideias de arte contemporânea e de sul geopolítico. Pontua edições seminais, como a de 2007, quando foi exibido o filme Limite, de Mario Peixoto, um marco da produção latino-americana, e ocorreu o importante debate entre Peter Greenaway e Jean-Paul Fargier. Relembra seu primeiro contato com Solange Farkas – atual diretora da Associação Cultural Videobrasil – durante a Manifestation Internationale de Vidéo et Télévision de Montbéliard, em 1990, quando também conheceu realizadores brasileiros como Eder Santos, Sandra Kogut e Marcelo Masagão. Comenta também a longevidade do Festival, que atribui ao fomento de atividades que transcendem o próprio evento.
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