Artistas
Obras
- UpstairsAngela Hanke, 1990
- TransferAngela Melitopoulos, 1991
- Der SturmAngela Zumpe, 1993
- Maos BibelAntal Lux, 1990
- Das ZauberglasBjørn Melhus, 1991
- MattscheibeChristoph Doering, 1989
- FieberrotChristoph Girardet, 1991
- Eins, Zwei, Drei, VierClaus Blume, 1992
- Alles Wandelt SichEgon Brunne, 1990
- Hommage to Schwitters Ernest Jürges
- Ein Käfig ging ein Vogel suchenErtan Erdogan, 1994
- Whose Tibet is it AnywayMerel Mirage, 1993
- Das Wesen der VerwandlungMonika Funke Stern, 1990
- ZuckerhutRolf Drechsler
- Black Forest - Blue DanubeViola Kiefer, Zorah Marie Bauer
- Wipe BoardVolker Schreiner, 1989
Texto de curadoria 1994
A videoarte ou videopoesia primitiva na Alemanha segue o passado de Nam June Paik, o artista de vídeo mais famoso até o momento, o qual exibiu e executou seus primeiros trabalhos na galeria Parnass (Wuppertal, Reno). Essas apresentações ocorreram ainda sem o meio de gravação em vídeo (como é de conhecimento geral, Paik manipulava câmaras de TV e aparatos técnicos), mas dois anos depois, ele usou uma Sony Portapaks para produzir seus trabalhos. Outros artistas na liderança do vídeo - como Gerry Schum, Wolf Vostell ou Jocher Gerz - tiveram suas origens no mundo da arte visual e no geral vincularam seus trabalhos a fluxos de ações, representações ou instalações. No final dos anos setenta, três mulheres, principalmente, traçaram o caminho para o vídeo como uma arte em si: Frederike Petzold, Rebecca Horn e Ulrike Rosenback. Klaus vom Bruch, o artista com base em Colônia, expressou-se num caminho conseqüente, usando extensões de filmes de guerra combinadas com a sua própria encenação em frente a câmara.
Nos anos 80, o espectro expressivo da videoarte alemã aumentou consideravelmente. De modo crescente, integrou as disciplinas de representação e arte visual, embora concentrando-se na cobertura artística do extenso potencial da tecnologia de processamento da imagem e da manipulação da imagem através de equipamentos computadorizados. Recursos de extensões de imagens encontradas em materiais de transmissões de TV, produções de Hollywood, comerciais e novos materiais, assim como as suas próprias imagens e encenações, eram os centros das produções artísticas. Embora eu não tenha a intenção de ir longe a ponto de atribuir a qualidade de "poética" a tecnologia de vídeo em si (por exemplo, por causa do caráter efêmero da imagem que foi gerada por um raio de luz animado, ou por causa de sua alta capacidade de integrar as artes "tradicionais"), ainda é óbvio que a videoarte, ao contrário da corrente "diária" vinda dos programas de TV e da principal corrente de cinema, desenvolveu algo como uma linguagem padrão de expressão visual.
Concentrando-se no que é essencial, e formada tanto por uma iconografia de metafórica e retratadora riqueza de imagens, como por uma preocupação social e política, sem negligenciar aspectos estéticos e formais. Ainda que os artistas alemães também enfrentem dificuldades consideráveis para apresentar seus produtos em museus, galerias e arquivos, pode-se afirmar que numa comparação geral com outros países - onde a infra-estrutura para a videoarte ainda está em processo de construção, ou até mesmo sendo mais uma vez reduzida devido a restrições financeiras e alterações de recursos - a situação deles não pode ser considerada como extremamente má. Com relação a educação e treinamento, eles têm diversas academias, universidades, escolas profissionais e aulas de filmagem a sua disposição. Esses institutos geralmente têm um bom equipamento de estúdio (embora existam, sem dúvida, algumas exceções), e alguns deles fazem parte de esquemas promocionais da arte visual e do comércio de filmes. Além do European Media Art Festival, existem outros festivais que se abriram para a apresentação da videoarte. Pode ser notada até uma leve tendência que sugere um aumento de interesse do público e dos canais particulares de TV na videoarte. Embora a situação possa ser bastante boa em comparação a outros países, o artista individual enfrenta dificuldades enormes para assegurar o seu lugar de estudo; isso consome muito tempo e envolve muitos reveses para reunir os meios necessários para a produção, ou para encontrar os canais de distribuição para um produto.
A seleção de trabalhos alemães em vídeo, compilada para o 10º Festival Internacional Videobrasil, não tem a pretensão de estar completa. Tem a intenção de dar uma visão geral dos trabalhos dos anos recentes, estendendo-se da videoarte "clássica" - através de "clips" de música ligeiramente diferentes, ou de representações e arte corporal - a trabalhos gerados por computador, ou vídeos de uma natureza preferencialmente documentária. Algumas vezes jocosos e folclóricos, outras políticos e sutis - portanto mais uma vez preferencialmente de forma estruturalística -, a compilação reflete os aspectos variados de tópicos e realizações artísticas dentro da videoarte alemã.
ASSOCIAÇÃO CULTURAL VIDEOBRASIL. "10º Videobrasil: Festival Internacional de Arte Eletrônica": de 20 a 25 de novembro de 1994, São Paulo-SP, 1994.