VIDEOBRASIL 40 | 15º Videobrasil

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postado em 28/07/2023

Força política, foco na performance e no hibridismo entre linguagens marcam edição

   

Em uma sexta-feira normal de setembro, enquanto centenas de turistas fazem fila para tirar visto no consulado americano de São Paulo, 40 pessoas vestidas de macacão laranja descem de um ônibus e, comandadas por uma mulher em uniforme militar, marcham na rua e se ajoelham para limpar o asfalto com escovas de dentes. A militar – na verdade, a artista, ativista e pesquisadora norte-americana de origem cubana Coco Fusco – se utiliza de um megafone para dar ordens agressivas aos prisioneiros – na verdade, performers e voluntários vestidos como prisioneiros de guerra –, gerando choque entre o público, a polícia e os jornalistas reunidos no local. A ação, intitulada Bare Life Study #1, foi um dos momentos mais marcantes do 15º Festival Internacional de Arte Eletrônica Videobrasil*, realizado entre os dias 6 e 25 de setembro de 2005 sob o eixo temático “Performance”.

 

 

“Uma ação de rua silenciosa, com muitas pessoas, é uma espécie de declaração visual muito forte, que envolve em si um denso elemento dramático”, disse Fusco tempos depois. Sua performance (única da edição realizada fora do espaço do Sesc Pompeia) encenava um tipo de tortura comum em presídios militares norte-americanos. Simulava ainda os raros momentos de encontro entre combatentes – em tempos de guerras feitas com “bombas inteligentes”, sem confrontos corpo-a-corpo – para tecer uma crítica contundente à política norte-americana de encarceramento e, de modo mais amplo, à “Guerra ao terror” instituída por George W. Bush após o 11 de Setembro. Justificada como uma "cruzada pela democracia e pela paz mundial", a doutrina resultou em graves violações aos direitos humanos e centenas de milhares de mortes ao redor do globo. Em 2005, época da realização do 15º festival, a violência perpetrada pelos EUA estava em seu auge, com guerras como as do Iraque e Afeganistão.

O contexto sociopolítico, neste caso ligado à realidade sul-americana – especialmente brasileira –, também surgia em Futebol, performance do coletivo Frente 3 de Fevereiro concebida por Daniel Lima e apresentada no dia de abertura do festival. Influenciada pelo episódio de racismo no qual o jogador Grafite, do São Paulo, foi chamado de macaco pelo adversário argentino Leandro Desábato (que saiu preso do estádio), a obra apresentava projeções de imagens do noticiário televisivo e outras de ações realizadas pelo coletivo em estádios (nos quais levantaram bandeiras com escritos como “Onde estão os negros?”). Ao mesmo tempo, DJs e banda performavam no palco, mixando músicas e declamações – feitas por Roberta Estrela D’alva – sobre racismo estrutural e os mecanismos de discriminação que persistem no Brasil do século 21.    

“Centrada no corpo, efêmera, imprevisível, a performance é um gênero de arte que envolve confrontamento e risco”, destacava o texto do catálogo ao apresentar o eixo temático da edição. “Política, subverte a relação entre obra e público, que é convidado não a suspender sua descrença para acreditar em uma ficção, mas a testemunhar um acontecimento”. O hibridismo presente nessas obras, “onde as fronteiras entre gêneros deixam de fazer sentido”, também era apontado no texto: “Foi a observação desse fenômeno, sobretudo na maneira evidente como ele reverbera na arte eletrônica, (...) que motivou a reunião desse expressivo grupo de performers dentro do festival”. De diferentes cantos do Sul Global, eles representavam uma “manifestação artística contemporânea por excelência.”

Partindo da individualidade do corpo e de dimensões psicológicas ligadas à concentração, risco e autossuperação, outra obra marcante do 15º Videobrasil foi Exergie - Butter Dance, da indonésia Melati Suryodarmo. Na performance, a discípula de Marina Abramović tentava se mover sobre tabletes de manteiga espalhados pelo chão do teatro do Sesc Pompeia, na iminência do escorregão e da queda. O trabalho solo desenvolvido pela artista ao longo de sua trajetória nunca se dissociou, no entanto, de uma preocupação social, ligada à identidade, cultura oriental e aos corpos coletivos: “A parte mais importante da atitude individual frente a uma situação política é ter confiança na mente e respeitar os outros da mesma forma como você se respeita”, afirmou. Em caminho semelhante, a queniana radicada na Alemanha Ingrid Mwangi tratou de identidade, deslocamento, exotismo e intolerância na performance Possession. Apesar das temáticas espinhosas, a artista se propunha a criar, a partir da expressão de seu corpo, algo positivo e propositivo. 

Velhos conhecidos do público do Videobrasil também marcaram a programação da edição. O Chelpa Ferro, grupo brasileiro formado por Barrão, Luiz Zerbini e Sergio Mekler – já renomado após passagem pelas bienais de São Paulo (2004) e Veneza (2005) –, apresentou show com instrumentos convencionais e inventados, desde uma percussão eletrônica até bolinhas de gude, máquina de costura e uma bateria construída com varetas de incenso. Pesquisas sobre a relação entre som, imagem e espaço físico surgiam ainda em outras duas performances: Sound Waves for Selected Landscapes, da dupla gaúcha de artistas e designers Detanico Lain (responsável pela terceira vez seguida pela identidade visual do festival), que apresentava grandes telas com imagens pixelizadas de paisagens, enquanto ruídos e sons completavam uma “representação digitalizada do mundo”; e Engrenagem, de Eder Santos, Stephen Vitiello e Paulo Santos, uma performance-concerto-instalação que revisitava obras anteriores de Eder e culminava na atuação de Ana Gastelois, mesclando desenhos, gestos e dança.

Fecharam a programação de performances Carro-Bomba, do coletivo mineiro feitoamãos/F.A.Q, e Urgência Social, do também mineiro Marco Paulo Rolla. A primeira, que levava o subtítulo “guia antipânico e invenções rotativas”, era mais uma obra do festival que se relacionava ao contexto pós-11 de Setembro, ao mergulhar o público em um clima de “tragédia iminente” em meio à fumaça, projeções e barulhos. Crítica ao clima de terror alimentado pela mídia, a ação (encabeçada por Lucas Bambozzi e Rodrigo Minelli) também colocava em pauta o medo vivido no próprio Brasil, com a violência urbana e a desigualdade social. Por fim, Urgência Social trazia um clima de incerteza e de quebra de expectativas ao criticar a sociedade de consumo e a busca ilusória por um “cotidiano seguro e confortável”. Durante o festival, Rolla ministrou ao lado de Marcos Hill, professor de artes da UFMG, um workshop sobre performance voltado a alunos de graduação em artes, dança e meios digitais. Os estudantes, que também estiveram na ação do artista, criaram performances próprias apresentadas ao longo da edição.

 

Geração de conteúdo e universo online

A cada semana do festival, artistas participantes da mostra competitiva – intitulada agora Panoramas do Sul – foram convidados a realizar, na choperia do Sesc Pompeia, apresentações mesclando projeções de imagens e discotecagem de música. As VJ Nights reuniram nomes nacionais e estrangeiros e fortaleceram o papel do evento enquanto ponto de encontro, de festa e troca entre realizadores, produtores, curadores e público. Criadas ao vivo e com forte ênfase performática, as VJ Nights também se relacionavam diretamente com o eixo temático da edição. Sobre o tema central foram dedicadas também uma série de mostras e programas públicos do festival. Vários dos artistas que apresentaram performances – como Fusco, Mwangi, Rolla e Suryodarmo – ganharam retrospectivas de seus trabalhos, mesclando vídeos autorais ou registros de suas ações passadas (filmagens que possibilitavam a permanência no tempo de um tipo de linguagem basicamente efêmera). 

Entre as mostras paralelas, também chamou atenção Marina Abramović: Performance Anthology [1975-1980], programação com cerca de 20 registros de obras da artista sérvia, um dos nomes que mais contribuiu para a constituição da performance enquanto gênero associado ao risco e à superação de limites. Além dela, outras retrospectivas reforçaram o caráter histórico e informativo da edição: Antologia Videobrasil de Performance, curada por Solange Oliveira Farkas, com obras exibidas no festival entre 1992 e 2003 de artistas como Fausto Fawcett, Eder Santos, Carlos Nader, Waly Salomão, Marcello Mercado e Luiz Duva; The Kitchen Performance Anthology, com curadoria de Stephen Vitiello, uma espécie de introdução às práticas performáticas nos EUA no período efervescente dos anos 1960 aos 1980, com registros de ações de Trisha Brown, Robert Wilson, Grupo Fluxus e Richard Serra; e WWVF Perfomance Anthology, mostra de obras exibidas no célebre evento holandês de arte eletrônica World Wide Video Festival, selecionadas por seu diretor Tom van Vliet. Por fim, Extremidades do Vídeo, curada por Christine Mello, reunia trabalhos que explicitavam a influência da produção videográfica em outras áreas como teatro, dança ou música, tematizando também o caráter híbrido que marcava a arte eletrônica brasileira.

Completando a programação, a publicação online FF>>Dossier, criada em 2004 pelo Videobrasil, serviu de base para uma mostra homônima no festival, na qual “o gesto performático e político” pautou a escolha de obras feita pelo curador e pesquisador Eduardo de Jesus. Na web, o projeto se configurava como uma publicação mensal dedicada a perfilar jovens artistas do circuito Sul e a refletir sobre a arte contemporânea. O Dossier marcava também o lançamento do Videobrasil On-Line (como era grafado à época), site da associação que reunia o vasto banco de dados reunido ao longo dos 23 anos de festival. Fora da web, com impressão física, o Caderno Sesc_Videobrasil também foi lançado na 15ª edição. Com artigos, ensaios críticos e entrevistas, a publicação anual dava seu pontapé inicial propondo uma “alternativa à história oficial da performance”. 

Para além das exibições e publicações, uma série de mesas de debates colocaram realizadores e público em diálogo ao longo das três semanas do Videobrasil. Estiveram presentes principalmente artistas e curadores participantes das outras seções do festival, mas não só: Teresinha Soares, artista mineira que impactou o cenário brasileiro dos anos 1960 e 1970, protagonizou um dos encontros mais marcantes, no qual falou sobre sua diversificada e duradoura produção. Uma das pioneiras na realização de happenings e performances no país, Teresinha foi também precursora ao utilizar seu corpo para tratar da sexualidade feminina e questionar o papel social da mulher em uma época repleta de tabus e preconceitos.

 

A pluralidade da mostra competitiva

Se o recorte curatorial e boa parte da programação do 15º Videobrasil giraram em torno do tema da performance, a mostra competitiva dedicada a diferentes linguagens eletrônicas também não perdeu seu destaque na edição. Sob o nome Panoramas do Sul, voltada novamente às produções de fora do eixo capitalista central, a mostra principal recebeu 652 inscrições provenientes de 41 países, com uma pluralidade de pesquisas tão vasta que resultou na divisão do programa em três seções: Estado da Arte, dedicada a artistas com trajetória consolidada; Investigações Contemporâneas, com obras que buscavam ampliar os limites das linguagens; e Novos Vetores, voltada à produção de jovens realizadores. Para além do crescimento da presença de Oriente Médio, Ásia e Leste Europeu, uma característica marcante nos três eixos foi o hibridismo entre linguagens que marcavam as obras, como ressaltava o júri: “Atualmente, parece haver um princípio de liberdade que não obriga à afirmação da especificidade do vídeo, mas menos ainda à sua negação. O que se percebe é um trânsito mais espontâneo entre o vídeo, a televisão, o cinema, a fotografia, a performance e a pintura, mas também entre o digital e o analógico, o plástico e o conceitual, o documental e o ficcional.”

Em Estado da Arte, com obras que “alcançam um alto grau de sofisticação nas elaborações discursivas e conceituais, nas apropriações técnicas e processos de experimentação”, foram premiados: Lo Sublime / Banal, da argentina Graciela Taquini, vídeo que trata de questões biográficas e culturais ao relembrar o dia em que a artista conheceu o escritor Julio Cortázar em uma pizzaria; e Concerto para clorofila, no qual o mineiro Cao Guimarães investiga questões relativas ao poder evocativo da imagem, do som e do movimento. As menções honrosas foram para o também mineiro Rodrigo Minelli, pelo vídeo ficcional Plano (Con) Sequência; e para o mexicano Diego Bonilla, pela hipermídia A space of time.

A mostra Novos Vetores, por sua vez, com obras de realizadores de até 30 anos de idade, premiou trabalhos de forte tônica política: O Fim do homem cordial, do baiano Daniel Lisboa, uma irônica e impactante narrativa na qual um grupo rebelde sequestra um senador (com alusão óbvia ao “coronel” Antônio Carlos Magalhães) e exige que as imagens da ação sejam exibidas pela TV; e Un Cercle autour du soleil, do libanês Ali Cherri (que participou de quase todas as bienais Sesc_Videobrasil desde então e estará na edição deste ano), vídeo em que imagens de ruínas de Beirute se mesclam a relatos sobre a infância do artista durante a guerra civil no país. Completando a premiação, levaram menções honrosas os sorocabanos Adams de Carvalho e Olívia Brenga Marques, por 02. Conjunto residencial, e o peruano Gabriel Acevedo, por Parálisis – duas obras que misturam imagens reais, sejam fotográficas ou em vídeo, com animações e manipulações visuais.

Por fim, no eixo Investigações Contemporâneas, com trabalhos que “lançam novas inquietações sobre os processos de produção audiovisual (...) e apontam para o futuro da arte eletrônica”, foram premiados Roger, do argentino Federico Lamas, um travelling ininterrupto que acompanha a separação de um casal; e Tríptico: estudo para autorretrato 1, trabalho de ares pessoais de Luiz Duva, artista presente em quase todas as edições do festival entre 1988 e 2005. Marcando um fortalecimento na missão do Videobrasil de fomentar a produção artística e estreitar laços com instituições internacionais, três dos premiados (um de cada eixo) foram agraciados com bolsas de residência: Duva no Le Fresnoy, centro de pesquisa e pós-graduação em Tourcoing (França); Ali Cherri na FAAP (Fundação Armando Alvares Penteado), em São Paulo; e Cao Guimarães no centro londrino de arte contemporânea Gaswork.

Na imprensa, a vasta cobertura da 15ª edição deu grande destaque para a qualidade das obras exibidas em Panoramas do Sul. Como já era costume, algumas vozes também trouxeram visões mais “ponderadas”, como a análise publicada na revista britânica Frieze: “Ao mesmo tempo que o Videobrasil teve uma estrutura [expositiva] inspirada, as obras apresentadas [na mostra principal] são de qualidade variada, desde pérolas até trabalhos descartáveis”. Mesmo que o texto não citasse de quais regiões do globo eram estes trabalhos “melhores” ou “piores”, vale ressaltar, neste quesito, um trecho da entrevista de Solange ao Estado de S.Paulo: “A América Latina já tem uma produção de mais de 20 anos, o Leste Europeu também, mas em outros lugares o vídeo está aparecendo agora, ainda é frágil”, referindo-se especialmente a países da África, Caribe e Oriente Médio. Mas era exatamente por serem espécies de “zonas de silêncio”, como definia a reportagem, que o festival buscava destacar as produções destes locais, reforçando o lugar do Videobrasil como uma das raras vitrines para artistas de regiões marginalizadas.

Ainda na imprensa, uma matéria da Folha de S.Paulo traçava um bom panorama do que foi instigado pelo 15º festival. “Política não é coisa de gabinete. Pelo menos não no Videobrasil, onde política se faz com o corpo, com performances e, principalmente, com o vídeo. (...) O olhar engajado da maioria dos trabalhos chama a atenção na programação”, afirmava a repórter Adriana Ferreira. No mesmo artigo, o depoimento de Solange concluía, sobre a agilidade do vídeo enquanto suporte artístico comprometido: “É como se fosse um diário do que está acontecendo no mundo pelos artistas. (...) Antes, perceber isso era um processo muito lento. Se Picasso tivesse um vídeo, saberíamos sobre Guernica em uma semana”.

 

Por Marcos Grinspum Ferraz

*a nomenclatura utilizada para intitular a principal mostra organizada pelo Videobrasil, hoje chamada Bienal Sesc_Videobrasil, passou por adequações ao longo dos anos. As mudanças se deram a partir da percepção dos organizadores sobre as características de cada edição, especialmente no que se refere ao seu formato; duração; periodicidade; parcerias com outras empresas e instituições; e à expansão das linguagens artísticas apresentadas. Os principais reajustes no título das mostras foram: inserção do nome da empresa parceira Fotoptica entre a 2ª (1984) e a 8ª (1990) edições; a inclusão da palavra “internacional” entre a 8ª e a 17ª (2011) edições, a partir do momento em que o evento passa a receber de modo intensivo artistas e obras estrangeiros; o uso do termo “arte eletrônica” entre a 10ª (1994) e a 16ª (2007) edições, quando se percebe que a referência apenas ao vídeo não dava conta dos trabalhos apresentados; a inclusão do nome do Sesc, principal parceiro da mostra nas últimas três décadas, a partir da 16ª edição; e a substituição de “arte eletrônica” por “arte contemporânea” entre a 17ª edição e a 21ª (2019) edições, a partir do momento em que o foco se expande para as mais variadas linguagens artísticas. A mais recente mudança significativa se deu em 2019, na 21ª edição, quando o nome festival é substituído por bienal, termo mais adequado a um evento que já vinha sendo realizado bianualmente e com uma duração expositiva de meses, não mais semanas.

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Imagens:
Acervo Histórico Videobrasil 

1. Cartaz do décimo quinto Videobrasil, por Angela Detanico e Rafael Lain.

Galeria 1
1. “Exergie - Butter Dance”, de Melati Suryodarmo.
2. “Bare Life Study #1”, de Coco Fusco.
3. “Futebol”, do coletivo Frente 3 de Fevereiro.
4. Artistas participam das VJ Nights no Sesc Pompeia.
5. “Carro-Bomba”, do coletivo mineiro feitoamãos/F.A.Q.
6. A queniana radicada na Alemanha Ingrid Mwangi.
7. Performance musical do coletivo Chelpa Ferro.
8. “Possession”, de Ingrid Mwangi.
9. A dupla gaúcha Angela Detanico e Rafael Lain.

Galeria 2
1. Ana Gastelois, Paulo Santos, Stephen Vitiello, Solange Oliveira Farkas e Eder Santos.
2. Danilo Miranda e Solange Oliveira Farkas.
3. O espaço expositivo e de convivência Play Gallery.
4. Marco Paulo Rolla e Teresinha Soares.
5. Akram Zaatari e Barak Reiser.
6. André Brasil, Cris Melo, Marcos Moraes, Sergio Edelsztein; Eduardo de Jesus, Solange Oliveira Farkas e Ximena Cuevas. 
7. Artistas participantes do Novos Vetores.
8. Vídeo da mostra de Marina Abramovic.
9. Daniel Lima, Fernando Sato e Ricardo Rosas.
10. O curador holandês Tom van Vliet.

Galeria 3
1. “O Fim do homem cordial”, de Daniel Lisboa.
2. “Roger”, do argentino Federico Lamas
3. Ali Cherri na premiação.
4. “02. Conjunto residencial”,de Adams de Carvalho e Olívia Brenga Marques.
5. “Lo Sublime / Banal”, de Graciela Taquini.
6. “Tríptico: estudo para autorretrato 1”, de Luiz Duva.
7. “Concerto para clorofila”, de Cao Guimarães.
8. “Un Cercle autour du soleil”, de Ali Cherri.
9. “Urgência Social”, de Marco Paulo Rolla.