A voz hipnótica do narrador nos faz mergulhar nas páginas de um livro – aqui, um objeto bidimensional expandido para o universo da linguagem verbal. Ecos da psicanálise promovem uma deriva mental tão afetiva e orgânica quanto controlada, reforçada pela natureza híbrida das imagens. A força onírica que nos arrasta para dentro do livro parece redundar em seu próprio estratagema semântico, devolvendo-nos a própria arquitetura forjada pela linguagem.

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