Mil vezes um alicerça-se na figura do espelho: cada elemento da obra reflete o processo em curso. O relâmpago evoca a passagem entre luz e obscuridade no interior do projetor, mecanismo que possibilita a transformação de imagens fixas em imagem em movimento. A repetição contínua de uma imagem mágica traz consigo um ambiente quase ritualístico. Abre-se, assim, a outra forma de percepção, que estimula processos inconscientes e corporais direcionados pelo ritmo pulsante do raio de luz.