Os longos trajetos a pé de Nazareth questionam a ideia de fronteiras e a escala global. Em Ipê Amarelo, o artista repete o ato de volteiar diversas vezes a Árvore do Esquecimento, realizado na obra L'Arbre d'Oublier. Localizada em Ouidah, que sediou um dos maiores portos de tráfico negreiro da África, os homens escravizados eram obrigados a dar sete voltas ao seu redor, num ritual para apagar a memória do passado. O gesto performático, tentativa poética de rebobinar a história, é repetido por Nazareth aqui em torno de um ipê amarelo, símbolo nacional do país.
