Uma mulher negra entra, descalça, em uma cena quase escura; um único foco de luz ilumina uma cadeira. Filha de homem queniano e mulher alemã, essa europeia “misturada” pelas reverberações de modos colonialistas arraigados, que não a poupam de situações incômodas, traz na pele e nos cabelos questões relativas a sua condição diaspórica. Ela se utiliza da discriminação cultural e social que sofreu como conteúdo de sua obra. É no movimento descontínuo e vibrátil que desconstrói as possibilidades lógicas, desabilitando qualquer identificação programada tentada pelo observador. Humano e animal fundem-se em gritos agudos, quando o aparente descontrole flui.

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