O artista Luiz de Abreu fala sobre O Samba do Crioulo Doido, performance vencedora do grande prêmio no 18º Festival (2013). Luiz de Abreu menciona que O Samba do Crioulo Doido, fruto de uma pesquisa que desenvolve desde 2003, é um trabalho autobiográfico sobre sua experiência enquanto negro e brasileiro. O artista comenta sua intenção de levar para a cena as questões relativas à identidade negra sem um discurso político acirrado e com preocupação estética. A obra empresta seu título da canção de Stanislaw Ponte Preta, que acabou por se tornar sinônimo daquilo que não tem nexo. Neste sentido, Luiz de Abreu discorre sobre o teor cômico que está presente em sua apresentação – embora não seja sisuda, O Samba do Crioulo Doido não utilizou o humor em detrimento da seriedade do tópico que aborda. O registro da performance foi selecionado pelo curador Agustín Pérez Rubio para integrar a exposição Memórias Inapagáveis – Um Olhar Histórico no Acervo Videobrasil (2014).