A linguagem da multimídia explorada em todos os seus recursos no espaço cênico do palco

Uma das características principais dessa performance é o uso de CD-ROM como um elemento participante do evento. Nesse caso, no entanto, a interatividade pressuposta por essa mídia dá lugar a um novo tipo de experiência que se aproxima em muito do circo, da ópera e dos espetáculos em nightclubs.

Dois computadores ocupam lugar de destaque na performance, administrando a conjugação de sons e imagens gráficas que se sucedem uns aos outros, integrando-se num corpo único. Com eles, apresentam-se personagens ao vivo que exploram o dinamismo da sequência audiovisual, estabelecendo-se uma integração de causa e efeito entre os elementos. A performance, já apresentada em Copenhague, Roterdã, Montreal, Hannover e Bruxelas, utiliza o espaço cênico equivalente a um palco de teatro, com efeitos sutis de iluminação.

Apresentações como essa são uma das marcas registradas desse grupo inglês, reunido desde 1994. A maioria dos elementos que compõe o grupo — artistas entre os quais se incluem músicos, designers, programadores e produtores — encontrou-se pela primeira vez na Universidade de Westminster nas aulas do curso de novas mídias conduzidas por Andy Cameron, que hoje é também um dos integrantes do Antirom. Desde o começo das atividades, o grupo procurou uma linguagem específica que, ao combinar talento e tecnologia com uma abordagem visionária, rompesse os limites da tela através de trabalhos que utilizassem tanto a linguagem das performances como também a do CD-ROM e a da Internet. O primeiro trabalho do grupo, financiado pelo British Arts Council, foi um CD-ROM com setenta jogos lançado em 1995. A proposta do trabalho era, na época, pioneira: encorajar o uso da multimídia como um fórum que atraísse talentos e interesses diversos e, ao mesmo tempo, experimentar novas formas de linguagem através de uma mídia não-linear e interativa.

No começo de 1996, os nove membros do Antirom formaram uma empresa com a intenção de continuar suas experiências e explorar as possiblidades da mídia digital. Esse conjunto de atividades, baseadas em Londres, permitiu que eles, por um lado, participassem de exposições em centros culturais da Europa e dos Estados Unidos e, por outro, colecionassem uma clientela de empresas com marcas mundiais, como a Levi Strauss e a Toyota.

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