Um dos mais importantes criadores sul-africanos do período pós-apartheid, William Kentridge transita com fluidez entre vídeo, filme, desenho, escultura, instalação, teatro e ópera, produzindo uma combinação única de referências e técnicas. Seu trabalho ficou conhecido a partir do fim dos anos 1990 e chegou ao Brasil na Mostra Africana de Arte Contemporânea, realizada pela Associação Cultural Videobrasil em 2000. Documentário que inaugura a série Videobrasil Coleção de Autores, a obra acompanha o artista em Joanesburgo e em sua passagem pelo Brasil, registrando seu pensamento e seu processo de trabalho. Kentridge fala do impacto das contradições sociais sobre sua obra e dos personagens que surgem em animações feitas a partir de desenhos a carvão, num processo particular que consiste em apagar e refazer os traços em preto-e-branco. Realizado em vídeo digital e super-8 ultragranulado, numa referência a esse processo, é o retrato de um artista contemporâneo cuja obra carrega forte carga emocional e política - sem ser panfletária e tampouco hermética.

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