O que um avô deixa para os descendentes? Qual é a relação estabelecida entre objetos e a memória daqueles que não estão mais presentes? Arrumando a casa familiar, o artista encontra um estranho baú repleto de memórias. Fotos, cartas, pinturas, certidão de casamento, livros, anotações, datando de décadas ou mesmo um século atrás. Em um mundo em transformação, em que os rituais perdem espaço para a busca do lucro e da eficiência, o artista mistura registros do Ano Novo e do Festival do Outono chinês às relíquias do avô para criar um memorial que funcione como locus de descanso, um intervalo de pertencimento, um caminho para casa.