Resultado de um processo de criação junto aos Mbyá-Guarani do sul do Brasil, o trabalho teve como guia o deslocamento contínuo desse povo em busca do bem-viver, conceitualizado na ideia de jeguatá, criando um território sem fixidez entre Brasil, Argentina e Paraguai. O projeto, contemplado pelo Rumos Itaú Cultural, se constituiu no percurso traçado entre Koenju, São Miguel das Missões, Brasil, e Pindó Poty, Misiones, Argentina. A partir da reunião dessas imagens produzidas nas aldeias e de objetos recolhidos no trajeto, este “caderno de viagem” revela tanto um procedimento errático como a construção de um espaço livre e associativo, onde um outro território – poético, cotidiano e atual – emerge e ganha sentido, e onde o outro – Mbyá-Guarani – assume novos contornos e visibilidade.