Vindos de uma passagem importante pela Bienal de Veneza (2005), o grupo Chelpa Ferro retorna ao Videobrasil, festival onde fez sua primeira apresentação em 1998. Nesta nova performance, instrumentos convencionais e inventados, a partir de objetos prosaicos, compõem uma espécie de instalação no palco. Violoncelos “ciborgues” se sucedem a uma orquestra de máquinas de costura acopladas a circuitos eletrônicos controláveis. Uma bateria construída com varetas de incenso interrompe o som com um “solo silencioso” de seu queimar. Por fim, percussão eletrônica, o atrito de placas de vidro com bolinhas de gude e pratos de bateria tocado por motores dão lugar a uma jam session experimental em uma proposição de um estado de curiosidade e disposição contemplativa para a escuta e a reflexão das relações dos sons com o espaço.