Nos anos 1980, "as pessoas faziam vídeo numa época em que o vídeo não tinha esse lugar nobre", lembra Sangra Kogut. A artista participou de diversas edições do Festival, e foi premiada em 1989 com uma residência no Centre International de Création Vidéo de Montbéliard. Parabolic People nasceu dessa experiência francesa, em 1990, quando a artista mergulhou na experimentação de novos equipamentos, lugares e relações pessoais. Um de seus desafios era produzir imagens em cujas bordas estaria a informação central. Nos trabalhos em vídeo, Kogut sempre perseguiu o problema da autorrepresentação – como as pessoas querem se mostrar, como elas acham que as pessoas as veem publicamente, e como elas desempenham essa persona. Segundo ela, nos anos 1980, esse tipo de experimentação só tinha lugar no Videobrasil, e nesse sentido, o Festival representava uma espécie de "certidão de nascimento".
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