Selecionado com duas pinturas para integrar o 18º Festival, o artista paulista fala de sua segunda participação no evento. A praia, cenário de suas telas, é vista por ele não só como fonte de entretenimento e descanso, mas também como lugar da melancolia, da contemplação e da fruição pelo olhar. Assim, não lhe interessa a paisagem idílica, mas aquela que sofreu interferência humana, numa investigação sobre a forma como ela é construída pelos homens. Segundo Bivar, os temas de sua obra são sempre retirados de experiências muito próximas, de sua própria vida, como da infância na cidade litorânea de Ubatuba. Fala de sua relação com a fotografia, que participa de seu processo de criação mas que ainda não é vista por ele como um produto final a ser exposto. Relata também seu interesse em confrontar a pintura, com todo o peso de sua tradição, com as mídias mais recentes presentes no Festival.