O artista australiano Shaun Gladwell (Sydney, 1972) vem se relacionando com o Videobrasil desde 2007, por meio de duas obras que integram o acervo da Associação. Participou da mostra competitiva do 16º Festival, com a obra em vídeo Busan Triptych: Calligraphy & Slowburn (2006); na mesma edição, seu trabalho Kickflipper: Fragments Edit (2003) foi selecionado para o programa australiano Panoramas of the Imagination pelo curador David Cranswick. Já sua relação com São Paulo começa anteriormente: em 2006, aceitou o convite para participar da 27ª Bienal de São Paulo, com a instalação Double Voyage, obra que foi comissionada especialmente para a ocasião.

A visibilidade reconhecida de seu forte trabalho está posta desde o começo: são imagens hipnotizantes de corpos em movimento, captadas com câmera lenta e parada. Sua experiência paralela com manobras radicais de esportes da cultura urbana nos põe em contato direto com a vibração de um pulso que busca compartilhar entre as práticas de sua vida pessoal e sua trajetória artística: skateboard, motorbike cross, exercícios regidos pela antigravidade, break dance, surfe em Bondi Beach. São gestos e imagens leves, mas tão enigmáticos e cativantes, que tratam às vezes de serem vistos e transformados em provisórias esculturas, fotografia, moving paintings-graffiti, performance. Seus vídeos, alguns realizados com colaboradores amigos, lidam com a reunião do domínio técnico e do movimento extremo – bodies in motion – dos esportes radicais.

A obra de Gladwell integra a curadoria Cidade infinita, que envolve a cidade como ground zero temático. A série contempla ainda o trabalho da brasileira Letícia Ramos, em Dossier já publicado, e do argentino Sebastian Diaz Morales, que fecha a curadoria.

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