No plano-sequência, o artista cruza La Moneda, palácio governamental e palco do golpe militar que derrubou e matou o presidente chileno Salvador Allende em 1973. Em off, ele evoca memórias da infância, que misturam o terror da ditadura e a sensação de proteção do colo da mãe. Feito em direção proibida aos visitantes, o trajeto metaforiza o potencial subversivo de revisitar uma história política crivada de crime e mentira. Ao impor o usufruto do espaço público, o artista recoloca a noção de coletividade como condição primeira das cidades.

Prêmios e menções