Em uma animação baseada em aquarelas, dois amantes repetem os mesmos movimentos sucessivamente, num constante revisitar dos elementos-clichê que juntam e separam as pessoas. Ao evocar os personagens anônimos e sem rosto que povoam as narrativas românticas populares, a artista nos lembra que, apesar de as histórias de amor parecerem cobrir uma gama variada de emoções, a narrativa amorosa quase sempre se apoia na compreensão monocromática das representações ficcionais do romance contemporâneo.