Entre 1979 e 1980, com bolsa da Fundação Guggenheim, Tonacci percorreu os Estados Unidos, Canadá, México, Peru, Guatemala e Brasil, entrevistando lideranças indígenas e registrando seus encontros. A ideia era se aproveitar da mobilidade permitida pelo vídeo para levar, de um povo a outro, depoimentos e imagens de experiências de conflitos que pudessem contribuir para a percepção da violação física, cultural e territorial sofrida por todos eles. O projeto foi interrompido por falta de recursos e também, segundo Tonacci, por sua percepção de que a imagem da resistência dos povos indígenas deveria ser construída a partir da perspectiva deles, e não da sua. Com quase 20 horas de duração, o material bruto foi recuperado e digitalizado somente em 2014, testemunho bruto e documento de um aprendizado que se dá pela escuta e pela espera.