Na imagem noturna de uma avenida movimentada, que poderia estar em qualquer grande cidade do mundo, o artista insere uma tomada em que um morador de rua tenta se acomodar em um cobertor e dormir. Jogando com o desenho descrito pelos faróis dos carros e com a imagem artificial, que remete à linguagem dos videogames, a obra intensifica a sensação de desconforto que a cena inspira. Uma metáfora contundente da invisibilidade social e dos processos perversos de exclusão das cidades contemporâneas.