Separado da intempérie pelas paredes de tecido de uma barraca de acampamento – cujo interior remete à caverna, aos ocos do corpo, ao circo –, um menino joga um game. A música do jogo é hipnótica, tecnológica; o rugido do vento, que ameaça permanentemente o arranjo, intermitente. Partindo de uma situação banal, e sem mover a câmera, o artista revela a forma como se sobrepõem, sem atrito, duas situações de indiferença: da natureza em relação ao homem e do homem em relação à realidade compartilhada e estabelecida.

Prêmios e menções