Foi videomaker, fotógrafo, jornalista e escritor. Interessado no fenômeno da comunicação de massas — tendo atuado tanto em TV quanto em rádio —, sua obra explora as distintas camadas das relações entre imagem e verdade. Tal escopo o colocou, algumas vezes, em rota de colisão com os poderes políticos incumbentes, tendo sido demitido, por exemplo, do posto de programador do Museu da Imagem e do Som (MIS-SP), em 1993, ao promover a exibição do documentário Beyond Citizen Kane, de Simon Hartog, e, anteriormente, de apresentador do programa Verdades e Mentiras, da rádio USP-FM, no qual mesclava notícias falsas e verdadeiras, questionando os limites da verossimilhança. Integrou a geração que, incentivada pelo então diretor do Museu de Arte Contemporânea de São Paulo (MAC-SP), Walter Zanini, tomou contato com o vídeo a partir da disponibilização de um equipamento portapack, em 1976. Na mesma década, estudou na School of Visual Arts, em Nova York. Faleceu em seu apartamento no edifício Copan, construção sobre a qual escrevia e concedida depoimentos, atividade que se encontrava dentro de sua preocupação com a conservação do patrimônio urbanístico no estado de São Paulo.