Palmer desenha com giz, em uma parede negra, um mural composto por diversos elementos visuais da cultura afrodescendente. Uma vez pronto o mural, seus traços precisos e sua composição complexa são apagadas pouco a pouco pelo corpo do artista, numa performance que dura até a exaustão provocada pelo ato de se esfregar na parede. O que fica dessas duas ações é uma parede borrada e o registro em vídeo do processo, em que construir e desconstruir se tornam movimentos contínuos, complementares e, mais que tudo, voluntariosos e inapagáveis.