Palmer desenha com giz, em uma parede negra, um mural composto por diversos elementos visuais da cultura afrodescendente. Uma vez pronto o mural, seus traços precisos e sua composição complexa são apagadas pouco a pouco pelo corpo do artista, numa performance que dura até a exaustão provocada pelo ato de se esfregar na parede. O que fica dessas duas ações é uma parede borrada e o registro em vídeo do processo, em que construir e desconstruir se tornam movimentos contínuos, complementares e, mais que tudo, voluntariosos e inapagáveis.
![](/imagens/thumb/202003/20200302_183449_21--_BIENAL_DE_ARTE_CONTEMPORA--NEA_SESC_VIDEOBRASIL_09_10_2019_FEDERICO_LAMAS__MARTON_ROBINSON_EMO_E_MEDEIROS_TERESA_MARGOLES_PEDRO_NAPOLITANO_PRATA_BAIXA_RESOLUC--A--O_WEB_054A1994.jpg/781/380/?c=1)