Em Sem Título #4, uma paisagem construída integralmente no computador é adicionada digitalmente à imagem gravada de uma pessoa que se movimenta para frente e para trás num balanço. O que se ouve é apenas o som processado de uma batida de coração que acompanha a sequência em loop. O processamento da imagem através de adição, retoque e montagem intenta persuadir o espectador da veracidade da imagem apresentada, ao mesmo tempo em que deixa clara a artificialidade da paisagem que se subordina à ação do indivíduo. O resultado é uma sobreposição do cotidiano e do onírico em uma imagem simultaneamente captada e virtual que alude aos movimentos cíclicos e contínuos de expansão e contração, sístole e diástole, próprios dos seres vivos.