Experimentando e cruzando linguagens, que vão da videoarte ao documentário, Nader é um realizador com forte apelo ensaístico. Preocupado com a complexidade da cultura contemporânea brasileira e sua dimensão midiática, busca na investigação de determinados personagens — anônimos, personalidades e artistas — os mais variados traços de identidades urbanas. De natureza documental, Beijoqueiro (1992) foi um dos vídeos nacionais mais reconhecidos da década de 1990, ao sintetizar em sua produção características comuns à sua geração. Em sequência, realizou os filmes Trovoada (1995), O Fim da Viagem (1996) e Carlos Nader (1998). Nesse último, o conceito de autobiografia é desconstruído, ao misturar sua própria imagem com depoimentos de travestis, filósofos, poetas e bandidos. Ao longo dos anos 2000, Nader concentrou suas atividades no exterior, onde dirigiu documentários e criou videoinstalações para centros culturais locais, participando de diversos festivais e exposições coletivas.  Realizou uma série de outros filmes, como: Concepção (2001), Flor da Pele (2002), Cross (2003), RBS: 50 anos da televisão no Brasil (2007), Pan-Cinema Permanente (2008), Chelpa Ferro (2009), da série Videobrasil Coleção de Autores, e Eduardo Coutinho – 7 de outubro (2013). Recentemente, ganhou consecutivamente os prêmios de Melhor Documentário Brasileiro de Longa-metragem nas duas últimas edições do Festival É Tudo Verdade, pelos filmes Homem Comum (2014) e A Paixão de JL (2015). No início de sua trajetória, editou as revistas Caos, de 1987 a 1989, e Circuit, em 1990. Ademais, além dos trabalhos autorais, também é roteirista de TV, produtor de filmes, curador de eventos e jornalista. Vive e trabalha em São Paulo.